sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Grande estréia da peça teatral LIBERDADE, LIBERDADE!


Dentro de um curto espaço de tempo para os ensaios, o grupo teatral da UNAMA, estréiará a peça LIBERDADE, LIBERDADE, escrita por Millor Fernanades e Flávio Rangel e dirigida pelo ator e diretor Adriano Barroso. 




Grupo de Teatro da Unama


O teatro é uma importante ferramenta para o desenvolvimento do ser humano. O Grupo de Teatro da UNAMA entende a linguagem teatral como complemento da formação do aluno, contribuindo como diferencial na sua futura vida profissional, estimulando-o ao processo investigativo, criativo e crítico de sua realidade. O aluno vivencia as etapas que fazem parte de todo o processo de montagem de um espetáculo, desde a concepção da temática abordada, o entendimento e a interpretação por meio da pesquisa bibliográfica e de campo, a confecção de adereços e figurino.
           
            Durante os meses de agosto, setembro e outubro os alunos, integrantes do grupo, participaram de oficinas temporárias “prática de montagem” ministrada por Adriano Barroso, que objetivaram o embasamento teórico e prático por meio da prática da encenação e trabalho de ator. O resultado da oficina gerou o espetáculo Liberdade, liberdade: Exercício n. 1, livre adaptação inspirada na obra de Flávio Rangel e Millôr Fernandes.

Atualmente o grupo de teatro é formado pelos alunos Estevam Pontes, Raphael Guimarães, Max Alves, Adrieli Castro, Jéssica Mendonça, Erica Person ,  Carina Mendes, Ana Letícia Cardoso, Bernard Freire, Francy Passos , Robson Pimentel, Anne Henderson, Thyago Freitas, Élson de Belém, Luciano César  e Tayana Oliveira.

A peça ficará em cartaz nos campi da UNAMA nos seguintes dias:

03/11 - Auditório David Mufarrej - UNAMA Alcindo Cacela Às 19h

05/11 - Unama BR Às 19h

06/11 - UNAMA Senador Lemos, às 19h

Confira a programação completa no blog::
cenicasemusicaisunama.blogspot.com.



Liberdade, liberdade: Exercício n. 1

Por Adriano Barroso

“Liberdade, liberdade” de Flávio Rangel e Millôr Fernandes é uma peça inquietante. Estreou em meados de 1965, em plena ditadura militar no Brasil, exatamente para gritar por liberdade, aos que a cerceavam no momento.
Durante os anos, a peça, que logicamente foi censurada pelos militares, se transformou em um ícone do teatro brasileiro. Menos pela coragem dos autores e atores em levar ao palco um grito de liberdade, quando não havia nenhum horizonte possível, mas mais pela qualidade da compilação dos textos que os autores conseguiram engendrar na dramaturgia e, claro, pelas atuações marcantes de Paulo Autran, Vianinha e Tereza Rachel.
Na “Liberdade, Liberdade” de Flávio Rangel e Millôr Fernandes encontra-se Shakespeare, Bertolt Brecht, Platão, Beaumarchais, - dramaturgos festejados no mundo inteiro- ladeados compositores do porte de Bezerra da Silva, Noel Rosa; poetas como Castro Alves; texto da declaração dos direitos humanos, a carta/depoimento de Anne Frank, garota judia assassinada pelos nazistas, e muitos etecêteras.
E foi essa liberdade de unir textos de autores de várias épocas que foi o ponto de partida para a escolha do texto para o Grupo de Teatro da Unama. O espetáculo foi montado a partir do pilar que o ator deve ser o foco principal da encenação. Na Liberdade, Liberdade do Grupo de Teatro da Unama não há pirotecnia cênica, não há jogo de luzes, sequer um simples black-out. Somente o ator, sua voz, sua emoção, sua técnica. Cara a cara com o público, sem disfarces ou figurinos coloridos para não causar catarse ao público, como propunha Brecht.
No mesmo clima da peça levado aos palcos em 1965, os atores deste espetáculo procuram a cada texto dito, a cada cena, a verdade cênica, proclamada por Stanislavski. Aqui, a peça é mais que um exercício para novos atores que estão ingressando na difícil arte de representar. As representações de cada ator foram trabalhadas sobre as técnicas de memória corporal. Os atores se utilizam dos textos universais para darem depoimentos pessoais através de sua postura corporal. Como exercício, cada integrante conheceu um caminho possível para ter excelência sobre o palco, como fábula teatral, o público ganhará um espetáculo que instiga, inquieta, inquiri, questiona e, sobretudo, diverte.
           

 HISTÓRICO:

 GRUPO DE TEATRO DA UNAMA

O Grupo de Teatro da UNAMA inicia suas atividades no mês de agosto de 1996, a partir da Oficina de Iniciação Cênica e Musical com Prática de Montagem, promovida pelo Grupo Cultural, por meio do Setor de Artes Cênicas e Musicais.
           
A proposta do grupo foi direcionada à pesquisa e à experimentação, buscando textos com possibilidades dramatúrgicas, seja de literatura ou criada com marca de encenação, tendo como a sua principal missão o resgate da dramaturgia brasileira, buscando ênfase na amazônica.

            O exercício constante em busca de qualidade na interpretação do ator tem sido prioridade nestes quatro anos de trabalho, através de laboratórios permanentes e oficinas: corpo, voz e música. Envolve o conhecimento de toda a área de sustentação de cena dramatúrgica como a cenografia, figurino, sonorização, iluminação.
           
 ESPETÁCULOS E APRESENTAÇÕES

- “Anjo, o Conflito dos Homens” e “Batuque”, de Bruno de Menezes; (1996) – Direção Teatral: Paulo Santana / Direção Musical: Joelma Telles.

-“Promessas em Azul de Branco”, de Eneida de Moraes; (1997) - Direção Teatral: Paulo Santana / Direção Musical: Joelma Telles.

-“Ainda Bem que deu certo”, de Erlon Pasqualle e Margarete Menezes; (1998).

-O Silêncio é de Ouro, A Palavra é de Latão” – Gian Francesco Guarnieri, com premiação na XV Mostra Estadual de Teatro do Pará, em 1999, promovido pela Federação Estadual de Atores, Autores e Técnicos de Teatro com os seguintes prêmios: “Melhor Espetáculo, Melhor direção, Melhor Ator, Ator Revelação, Atriz revelação e Melhor caracterização de figurino e maquiagem” - Direção Teatral: Paulo Santana.

-“Auto da Barca do Inferno”, de Gil Vicente, Direção Teatral: Paulo Santana – grupo participou da III Mostra de Teatro do baixo Tocantins, no município de Barcarena, no período de 08 a 15 de julho, como convidado da Federação Estadual de Atores, Autores e Técnicos de Teatro – FESAT e do MONTEABA – Movimento Teatral Barcarenense. Ainda este ano participará XVII Mostra Estadual de Teatro do Pará, e do Festival de Teatro da Amazônia Celular; (2000 – 2002).

 -“Ubu – Uma Odisséia em Bundalelê”, inspirado na obra “Ubu Rei”, de Alfred Jarry, com adaptação de Tânia Santos, Carlos Vera Cruz e Luiz Fernando Villanova; (2003)

 -“Prelúdio”, de Waldemar Henrique; (2004) - Direção Teatral: Paulo Santana

 -“De Uma Noite de Festa”, de Joaquim Cardoso;(2005) - Direção Teatral: Paulo Santana

 -“Cancão de Fogo”, de Jairo Lima.(2006) - Direção Teatral: Paulo Santana

-“Auto das Sete Luas de Barro”, de Vital Santos. (2007) - Direção Teatral: Paulo Santana

- “Banho de Cheiro” de Eneida de Moraes (2009)– livre adaptação do conto homônimo – resultado da oficina de prática montagem – Direção Ester Sá

- “Buchudos” inspirados na manifestação espetacular de São Caetano de Odivelas: “Boi de Máscaras” - resultado da oficina de prática de montagem – Direção Ester Sá























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